quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tomara que Caia




Nesses dias os soteropolitanos (aqueles que nascem em Salvador), estão em uma discussão sobre se o único time que estar na primeira divisão do campeonato de futebol cairá ou não no fim do ano, desde que subiu, todos discutem se vai continuar ou vão descer para a segundona.
O último fim de semana produziu um verdadeiro escândalo para os torcedores, quando o time resolveu jogar sério, colocar o adversário na roda o juiz jogou água fria na fervura, deu gol impedido, anulou gol valido, deu prorrogação, expulsou, resultado: o time perdeu por 2 X 1.
Que comoção instalou-se na cidade, um absurdo, ladrão, filho de disso e daquela, ameaças e pragas até quarta geração do rapaz. Até os torcedores do time rival engrossarão o coro: tomara que caia por incompetência, mas não por roubo de juiz. Até a novela Nina X Carminha perdeu o posto de assunto favorito (diga-se de passagem, ficou chato logo após os 30 minutos da vingança, cópia mal feita do grande Eça de Queiroz), nada tem mais importância nesse momento, a turba grita enfurecida: crucifica, crucifica.
Para mim, chato de “galocha”, vem a sensação que o grande teatro jurídico na mais alta Corte da Nação passa “batido”, os 15 minutos dedicados pelo o Jornal das 20h00min horas, quer dizer, das 20h30min, não é suficiente para trazer qualquer sentimento a respeito dos fatos ali narrados, as atuações daqueles atores, cada um defendendo seu papel com unhas e dentes não produz no espectador nenhuma reação, o resultado pelo o visto também não trará nenhuma comoção a nação tricolor ou rubro negra soteropolitana, o que importa é quem vai subir ou descer ao fim da disputa futebolística, tal assunto só vai dar lugar ao último capítulo de Gabriela, o refrão tema do folhetim reflete muito o estar de coisas da minha cidade: eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim, vou ser sempre assim...